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Burnon: Compreendendo o Novo Desafio da Saúde Mental no Trabalho

Burnon: Compreendendo o Novo Desafio da Saúde Mental no Trabalho

Por Dr. Fábio Cesar dos Santos

O reconhecimento oficial do burnout como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022 marcou um ponto crucial na conscientização sobre os impactos do estresse crônico no ambiente de trabalho. No entanto, um termo semelhante, porém distinto na prática, começou a ganhar destaque: o burnon.

Enquanto o burnout é caracterizado pela exaustão emocional, física e mental, juntamente com um sentimento de ineficácia no trabalho, o burnon descreve um estado em que os profissionais se envolvem excessivamente com suas tarefas, muitas vezes sem perceber o desgaste que isso causa a longo prazo. Este último termo foi cunhado pelos alemães Timo Schiele, psiquiatra, e Bert te Wild, psicoterapeuta, em seu livro “Burn on”, publicado em 2021.

Os autores definem o burnon como um estado constante de fadiga e sofrimento extremos, que não necessariamente culminam em um colapso total. Enquanto no burnout há uma percepção consciente da fadiga e das consequências negativas do estresse, no burnon muitas vezes há uma negação desses problemas e uma visão idealizada do trabalho.

Embora o termo burnon ainda não seja amplamente reconhecido pela comunidade médica internacional, ele ressalta a importância de abordar o estresse crônico no trabalho de maneira proativa. Profissionais que sofrem de burnon podem continuar sendo produtivos, apesar da exaustão, e é comum que ignorem os sinais de alerta de seu corpo e mente.

Os sintomas do burnon, que se assemelham aos do burnout, incluem exaustão física e mental, desconexão emocional, redução do prazer nas atividades diárias e sintomas físicos persistentes, como dores de cabeça, tensão muscular e problemas gastrointestinais.

Portanto, é crucial que profissionais e líderes estejam cientes desses sinais e ajam proativamente para prevenir o desenvolvimento tanto do burnon quanto do burnout. Isso pode incluir ajustes no estilo de vida, como a prática regular de atividade física, uma alimentação saudável e a busca por um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.

Além disso, programas de apoio psicoterapêutico e mudanças no ambiente de trabalho, como a promoção de uma cultura de trabalho equilibrada e flexível, podem desempenhar um papel fundamental na prevenção e no tratamento desses problemas de saúde mental.

Em última análise, a saúde mental no local de trabalho deve ser uma prioridade tanto para os profissionais quanto para as organizações. Ao reconhecer e abordar o burnon e o burnout de maneira proativa, podemos criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos para todos.

Fonte: Forbes Brasil
https://forbes.com.br/carreira/2024/05/burnon-ou-burnout-entenda-novo-termo-que-define-estresse-cronico-no-trabalho/

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